quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Subjetivo.


Seus pés estão cansados a uma barreira entre você e o mundo real, seus olhos fitam com amargura o nada, com o inquietante desespero assistindo pequeninos sonhos serem levados por um mar calmo e sem ondas, ao mesmo tempo misterioso e infinito. Talvez fosse mais fácil se as decisões dependessem somente do autor dessa história, eu te preencheria de conselhos com a banal esperança de que faria alguma diferença, mas do que adianta ter fantasias fundamentadas só em palavras? Nossos desejos e crenças ficam frágeis diante das limitações e assim se segue a vida, delicada e rude. Eu me responsabilizo pelos seus atos apesar de achá-los tão estúpidos, e as suas tentativas de chorar, todas em vão, rasga o meu peito. Os sentimentos que lhe envolve, petrificados pelo orgulho calado que cresceu em ti sem perceber, roubam os versos. E o meu coração acelerado pediu um cigarro, e deixo seu silêncio gritar em mim. 

2 comentários:

  1. Melódico demais. Não sei se é a sua intenção, mas deixa muito transparecer quem é você. Outra cosia, não sei se achará bom ou ruim o que vou dizer, mas parece Chico Buarque. Ao todo, ficou bom, apesar de melancólico demais. Meio que você sugere uma pergunta, mas é engajado, pois surge com uma resposta. Está bom, não espera que aquele para quem o texto foi dirigido acabe lendo, certo?

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  2. Não, não é pra ninguem. O texto é como se fosse uma conversa comigo mesmo. Por isso o nome Subjetivo. O que significa uma interpretação pessoal.

    (:

    E é melódico sim haha, já conheceu alguém mais sentimental que eu? haha

    Ah, e parecer Chico Buarque é exagero. Isso nunca seria ruim. Mas ninguém, ele, nunca será.

    Valeu Marcelo.

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